SHEMA ISRAEL
Sinagoga Morumbi
Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
A Dor alheia e a nossa
Ao voltar de um dia de caça, trazendo segura nos dentes uma pequena corça, a onça encontrou sua toca vazia. Seus filhotes não estavam lá.
Preocupada com a demora, desesperou-se, seus urros encheram de espanto toda a floresta. Uma anta decidiu indagar sobre o que estava acontecendo.
- Devoraram meus filhotes! - gemeu a onça. - caçadores cometeram friamente o maior de todos os crimes: mataram os meus filhos...
A anta não deixou que a oportunidade se passasse sem que ela dissesse à onça certas verdades que embora dolorosas, mas que precisavam ser ouvidas por ela naquele momento. Então falou:
- Mas senhora onça, se analisar bem o fato, há de convir que suas acusações não procedem.
Perdoe-me a franqueza. Respeito a sua dor, mas devo dizer-lhe que fizeram uma vez, aquilo que a senhora pratica todos os dias. Não pode negar que vive sempre a comer os filhotes dos outros, não é verdade? Ainda agora acabou de abater uma corça...
indignada a onça arregalou os olhos espantada pela coragem da anta, falando com um ódio mortal:
- sua estúpida! É isso que você tem a dizer para consolar o meu coração ferido pela dor? Você se atreve em comparar os meus filhos com os filhotes dos outros?
Comparar o meu sofrimento e desolação ao dos demais? Considere primeiro a minha posição, em relação à dos outros animais, para depois pesar a situação...
Foi nesse momento que um velho macaco, que bem do alto do seu galho assistia ao diálogo, falou com autoridade:
- Amiga onça é sempre assim: A dor alheia só atinge aos bons de coração, mas jamais ao egoísta como à senhora.
Alienação social é uma das causas do desequilíbrio do mundo. O alto grau de violência aumenta em decorrência do egoísmo que praticamos no dia-a-dia. Pense nisso e tenha uma Boa Semana!
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