SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Receita de Bolo de amêndoas

Receitas de Comida Judaica Receitas de Comida Judaica. A cozinha judaica é, provavelmente, a cozinha mais marcada pelos preceitos religiosos nos dias atuais. É conhecida no mundo inteiro, principalmente por causa das recomendações do 'Kashrut' (As Leis Higiênicas), que proíbem o consumo de porco, crustáceos, leite e carne numa mesma refeição.

Em virtude de tantas proibições ou obsessão pela pureza dos alimentos, o povo judeu foi criando uma culinária baseada em aves, vegetais, carne de vaca e uso de ervas. Presente nos rituais e festas, a cozinha judaica não é sofisticada nos ingredientes, mas muito aprimorada no preparo.

Além dos alimentos, os utensílios e panelas também devem ser 'Kasher' para que a cozinha seja autêntica. Uma panela que você tenha feito carne nunca poderá ser usada para ferver leite, por exemplo.

Na Pessach (Páscoa) não podem faltar os Guefilte fish (bolinhos de isca de peixe), com Chrein (molho frio de beterraba cozida, vinho tinto e raiz-forte e o 'Matza' (pão não-fermentado).

No Shabat (Dia do Descanso) o Borsht (sopa de beterraba) pode ser servida quente ou fria.

Após o Yom Kippur (Dia do Perdão) costuma-se comer o Guildene (caldo de frango com salsão, alho-poró, cenouras, cebolas e cravos-da-índia).
31/01/2011
Receita de Bolo de amêndoas

Receita de Bolo de amêndoas
Dificuldade: Fácil
Tempo de Preparo: 1 hora

Ingredientes

6 ovos
6 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de farinha de matzá
1 xícara de chá de amêndoas moídas
Óleo
Farinha de matzá

Calda:
200g de chocolate meio amargo picado
3 colheres de sopa de manteiga
Açúcar para polvilhar

Modo de Preparo

Ligue o forno em temperatura média (180º). Unte uma forma redonda com óleo e polvilhe com farinha de matzá.

Bata as gemas com o açúcar até ficar esbranquiçado. Coloque a farinha de matzá e as amêndoas moídas e misture delicadamente.

Bata as claras em neve bem firme. Coloque 1/3 das claras em neve na tigela com a massa de amêndoas e misture rapidamente. O restante incorpore misturando delicadamente na massa. Reduza a temperatura do forno para 150º.

Despeje a massa na forma untada e leve ao forno pré-aquecido. Asse por aproximadamente 20 minutos. Espete um palito no bolo para saber se ele está pronto. O palito deve sair limpo.

Retire o bolo do forno e passe uma faca de ponta redonda na lateral da forma. Deixe esfriar e desenforme.

Calda:
Coloque água numa panela e leve ao fogo para ferver. Coloque o chocolate picado e a manteiga numa tigela grande e leve ao banho-maria. Mexa bem o chocolate com a manteiga até dissolver completamente. Quando o chocolate estiver derretido, desligue o fogo. Cubra a superfície e as laterais do bolo com essa calda. Deixe o bolo descansar por 30 minutos. Polvilhe o bolo com cerca de 1/2 xícara de chá de açúcar peneirado.

Origem e história do judaísmo

A Grande Sinagoga (Velká synagoga) Plzeň, República Checa
A história do judaísmo é a história de como se desenvolveu a religião principal da comunidade judaica que, ainda que não seja unificada (ver Religiosidade judaica), contém princípios básicos que a distingue de outras religiões. De acordo com a visão religiosa o judaísmo é uma religião ordenada pelo Criador através de um pacto eterno com o patriarca Abraão e sua descendência. Já os estudiosos creem que o judaísmo seja fruto da fusão e evolução de mitologias e costumes tribais da região do Levante unificadas posteriormente mediante a consciência de um nacionalismo judaico.
Ainda que seja intimamente relacionada à história do povo judeu, a história do judaísmo se distingue por enfatizar somente a evolução da religião e como esta influenciou o povo judeu e o mundo.

Ramificações do judaísmo

O Muro Ocidental em Jerusalém, Israel, é o que resta do Segundo Templo.
Nos dois últimos séculos, a comunidade judaica dividiu-se numa série de denominações; cada uma delas tem uma diferente visão sobre que princípios deve um judeu seguir e como deve um judeu viver a sua vida. Apesar das diferenças, existe uma certa unidade nas várias denominações.
O judaísmo rabínico, surgido do movimento dos fariseus após a destruição do Segundo Templo, e que aceita a tradição oral além da Torá escrita, é o único que hoje em dia é reconhecido como judaísmo, e é comumente dividido nos seguintes movimentos:
  • Judaísmo ortodoxo - considera que a Torá foi escrita por Deus que a ditou a Moisés, sendo as suas leis imutáveis. Os judeus ortodoxos consideram o Shulkhan Arukh (compilação das leis do Talmude do século XVI, pelo rabino Yosef Karo) como a codificação definitiva da lei judaica. O judaísmo ortodoxo exprime-se informalmente através de dois grupos, o judaísmo moderno ortodoxo e o judaísmo haredi. Esta última forma é mais conhecida como "judaísmo ultraortodoxo", mas o termo é considerado ofensivo pelos seus adeptos. O judaísmo chassídico é um subgrupo do judaísmo haredi.
  • Judaísmo conservador - fora dos Estados Unidos é conhecido por judaísmo Masorti. Desenvolveu-se na Europa e nos Estados Unidos no século XIX, em resultado das mudanças introduzidas pelo Iluminismo e a Emancipação dos Judeus. Caracteriza-se por um compromisso em seguir as leis e práticas do judaísmo tradicional, como o Shabat e o cashrut, uma atitude positiva em relação à cultura moderna e uma aceitação dos métodos rabínicos tradicionais de estudo das escrituras, bem como o recurso a modernas práticas de crítica textual. Considera que o judaísmo não é uma fé estática, mas uma religião que se adapta a novas condições. Para o judaísmo conservador, a Torá foi escrita por profetas inspirados por Deus, mas considera não se tratar de um documento da sua autoria.
  • Judaísmo reformista - formou-se na Alemanha em resposta ao Iluminismo. Rejeita a visão de que a lei judaica deva ser seguida pelo indivíduo de forma obrigatória, afirmando a soberania individual sobre o que observar. De início este movimento rejeitou práticas como a circuncisão, dando ênfase aos ensinamentos éticos dos profetas; as orações eram realizadas na língua vernácula. Hoje em dia, algumas congregações reformistas voltaram a usar o hebraico como língua das orações; a brit milá é obrigatória e a cashrut, estimulada.
  • Judaísmo reconstrucionista: formou-se entre as décadas de 20 e 40 do século XX por Mordecai Kaplan, um rabino inicialmente conservador que mais tarde deu ênfase à reinterpretação do judaísmo em termos contemporâneos. À semelhança do judaísmo reformista não considera que a lei judaica deva ser suprema, mas ao mesmo tempo considera que as práticas individuais devem ser tomadas no contexto do consenso comunal.
Para além destes grupos existem os judeus não praticantes, ou laicos, judeus que não acreditam em Deus mas ainda assim mantêm culturalmente costumes judaicos; e o judaísmo humanístico, que valoriza mais a cultura e história judaica.

Doutrinas do judaísmo

Surgiram variadas formulações das crenças judaicas, a maioria das quais com muito em comum entre si, mas divergentes em vários aspectos. Uma comparação entre várias dessas formulações mostra um elevado grau de tolerância pelas diferentes perspectivas teológicas. O que se segue é um sumário das crenças judaicas. Uma discussão mais detalhada destas crenças, acompanhada por uma discussão sobre as suas origens, pode ser encontrada no artigo sobre os princípios de fé judaicos.

Monoteísmo

O princípio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de YHWH como Deus e criador, onipotente, onisciente, onipresente, que influencia todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma (o que carateriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Torá). A afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica conhecida como Shemá. Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece à outro que não seja YHWH.
Conforme o relacionamento de YHWH com Israel, o judaísmo enfatiza certos aspectos da divindade chamando-o por títulos diferenciados (ver Nomes de Deus no Judaísmo).
O judaísmo posterior ao exílio no entanto assumiu a existência de uma corte espiritual na qual Deus seria uma espécie de rei, o qual controlaria seres para execução de sua vontade (anjos). Esta visão era aceita pelos fariseus e passada para o posterior judaísmo rabínico, mas no entanto desprezada pelos saduceus.

A Revelação

O judaísmo defende uma relação especial entre Deus e o povo judeu, manifesta através de uma revelação contínua de geração a geração. O judaísmo crê que a Torá é a revelação eterna dada por Deus aos judeus. Os judeus rabinitas e caraítas também aceitam que homens através da história judaica foram inspirados pela profecia, sendo que muitas das quais estão explícitas nos Neviim e nos Kethuvim. O conjunto destas três partes formam as Escrituras Hebraicas conhecidas como Tanakh.
A profecia dentro do judaísmo não tem o caráter exclusivamente adivinhatório como assume em outras religiões, mas manifestava-se na mensagem da Divindade para com seu povo e o mundo, que poderia assumir o sentido de advertência, julgamento ou revelação quanto à Vontade da Divindade. Esta profecia tem um lugar especial desde o princípio do mosaísmo, seguindo pelas diversas escolas de profetas posteriores (que serviam como conselheiros dos reis) e tendo seu auge com a época dos dois reinos. Oficialmente se reconhece que a época dos profetas encerra-se na época do exílio babilônico e do retorno a Judá. No entanto o judaísmo reconheceu diversos profetas durante a época do Segundo Templo, e durante o posterior período rabínico.

Metafísica

Conceitos de vida e morte

O entendimento dos conceitos de corpo, alma e espírito no judaísmo varia conforme as épocas e as diversas seitas judaicas. O Tanach não faz uma distinção teológica destes, usando o termo que geralmente é traduzido como alma (néfesh) para se referir à vida e o termo geralmente traduzido como espírito (ruakh) para se referir a fôlego. Deste modo, as interpretações dos diversos grupos são muitas vezes conflitantes, e muitos estudiosos preferem não discorrer sobre o tema.

Ressurreição e a vida além-morte

O Tanach, excetuando alguns pontos poéticos e controversos, jamais faz referência a uma vida além da morte, nem a um céu ou inferno, pelo que os saduceus posteriormente rejeitavam estas doutrinas. Porém após o exílio em Babilônia, os judeus assimilaram as doutrinas da imortalidade da alma, da ressurreição e do juízo final, e constituíam em importante ensino por parte dos fariseus.
Nas atuais correntes do judaísmo, as afirmações sobre o que acontece após a morte são postulados e não afirmações, e varia-se a interpretação dada ao que ocorre na morte e se existe ou não ressurreição. A maioria das correntes crê em uma ressurreição no mundo vindouro (Olam Habá), incluindo os caraítas, enquanto outra parcela do judaísmo crê na reencarnação, e o sentido do que seja ressurreição ou reencarnação varia de acordo com a ramificação.

Cabalá

Cabalá é o nome dado ao conhecimento místico esotérico de algumas correntes do judaísmo, que defende interpretação do universo, de Deus e das escrituras através de suas naturezas divinas.

Quem é considerado judeu

Judeus rezando no Yom Kipur, de Maurycy Gottlieb.
A lei judaica considera judeu todo aquele que nasceu de mãe judia ou se converteu de acordo com essa mesma lei, segundo o judaísmo rabínico. Algumas ramificações como o Reformismo e o Reconstrucionismo aceitam também a linhagem patrilinear, desde que o filho tenha sido criado e educado em meio judaico.
Um judeu que deixe de praticar o judaísmo e se transforme num judeu não-praticante continua a ser considerado judeu. Um judeu que não aceite os princípios de fé judaicos e se torne agnóstico ou ateu também continua a ser considerado judeu.
No entanto, se um judeu se converte a uma outra religião, ou ainda, que se afirme "judeu messiânico" (ramificação protestante que defende Jesus como o messias para os judeus) perde o lugar como membro da comunidade judaica tradicional e transforma-se num apóstata. Segundo a tradição, a sua família e amigos tomam luto por ele, pois para um judeu abandonar a religião é como se morresse (nem sempre isto ocorre, mas a pessoa é tida como alguém não pertencente à comunidade). Esta pessoa, caso pretenda retornar ao judaísmo, não precisa se converter, de acordo com a maior parte das autoridades em lei judaica, mas abjurar das antigas práticas relativas às outras fés.
As pessoas que desejam se converter ao judaísmo devem aderir aos princípios e tradições judaicas. Os homens têm de passar pelo ritual do brit milá (circuncisão). Qualquer converso tem de passar ainda pelo ritual da mikvá ou banho ritual. Os judeus ortodoxos reconhecem apenas conversões feitas por seus tribunais rabínicos, seja em Israel ou em outros locais. As comunidades reformistas e liberais também exigem a adesão aos princípios e tradições judaicos, o brit milá e a mikvá, de acordo com os critérios estipulados em cada movimento.
Enquanto as conversões autorizadas por tribunais rabínicos ortodoxos são aceitas como válidas por todas as correntes do judaísmo, aquelas feitas de acordo com as correntes Reformista ou Conservadora são aceitas apenas no Estado de Israel e nas comunidades judaicas não-ortodoxas no mundo inteiro (mais de 80% dos judeus do planeta), mas rejeitadas pelo movimento ortodoxo.

Ciclo de vida judaico

Material usado em uma cerimônia de brit milá, exibido no museu da cidade de Göttingen
  • Brit milá - As boas-vindas dos bebés do sexo masculino à aliança através do ritual da circuncisão.
  • Zeved habat - As boas-vindas dos bebés do sexo feminino na tradição sefardita.
  • B'nai Mitzvá - A celebração da chegada de uma criança à maioridade, e por se tornar responsável, daí em diante, por seguir uma vida judaica e por seguir a halakhá.
  • Casamento judaico
  • Shiv'á - O judaísmo tem práticas de luto em várias etapas. À primeira etapa (observada durante uma semana) chama-se shiv'á, à segunda (observada durante um mês) chama-se sheloshim e, para aqueles que perderam um dos progenitores, existe uma terceira etapa, a avelut yod bet chódesh, que é observada durante um ano.

Vida comunitária

Vida comunitária judaica é o nome dado à organização das diferentes comunidades judaicas no mundo. Há variações de locais e costumes mas geralmente as comunidades contam com um sistema de regras comunais e religiosas, um conselho para julgamento e um centro comunal com local para estudo. No entanto, a família é considerada o principal elemento da vida comunitária judaica, o que ao lado do mandamento de Crescei e multiplicai leva ao desestímulo de práticas ascéticas como o celibato apesar da existência através da história de algumas seitas judaicas que promovessem esta renúncia.

Sinagoga

A sinagoga é o local das reuniões religiosas da comunidade judaica, hábito adquirido após a conquista de Judá pela Babilônia e a destruição do Templo de Jerusalém. Com a inexistência de um local de culto, cada comunidade desenvolveu seu local de reuniões, que após a construção do Segundo Templo tornou-se os centros de vida comunitária das comunidades da Diáspora. Na estrutura da sinagoga destaca-se o rabino, líder espiritual dentro da comunidade judaica e o chazan (cantor litúrgico).

Cherem

O Chérem é a mais alta censura eclesiástica na comunidade judaica. É a exclusão total da pessoa da comunidade judaica. Excepto em casos raros que tiveram lugar entre os judeus ultra-ortodoxos, o cherem deixou de se praticar depois do Iluminismo, quando as comunidades judaicas locais perderam a autonomia de que dispunham anteriormente e os judeus foram integrados nas nações gentias em que viviam.

Cultura judaica

Cultura judaica lida com os diversos aspectos culturais das comunidades judaicas, oriundos da prática do judaísmo, de sua integração aos diversos povos e culturas no mundo, assim como assimilação dos costumes destes. Entre os principais aspectos da cultura judaica podemos enfatizar os idiomas, as vestimentas e a alimentação (Cashrut).

Vestimentas

Kipá ,símbolo distintivo usado principalmente pelos judeus rabínicos como Temor a D-us
O judaísmo possui algumas tradições religiosas e culturais em relação à vestimentas, dentre as quais podemos destacar:

Calendário judaico

Baseados na Torá a maior parte das ramificações judaicas segue o calendário lunar. O calendário judaico rabínico é contado desde 3761 a.C. O Ano Novo judaico, chamado Rosh Hashaná (em hebraico ראש השנה, literalmente "cabeça do ano") é o nome dado ao ano-novo no judaísmo)., acontece no primeiro ou no segundo dia do mês hebreu de Tishrei, que pode cair em setembro ou outubro. Os anos comuns, com doze meses, podem ter 353, 354 e 355 dias, enquanto os bissextos, de treze meses, 383, 384 ou 385 dias. o calendario judaico começa a ser contado em 7 de outubro de 3760 a.C.que para os judeus foi a data da criação do mundo o que quer dizer que estamos vivendo no ano de 5769 (para 2009).
Diversas festividades são baseados neste calendário: pode-se dar ênfase às festividades de Brayam Hashaná, Pessach, Shavuót, Yom Kipur e Sucót. As diversas comunidades também seguem datas festivas ou de jejum e oração conforme suas tradições. Com a criação do Estado de Israel diversas datas comemorativas de cunho nacional foram incorporadas às festividades da maioria das comunidades judaicas.

Língua hebraica

O hebraico (também chamado לשון הקודש Lashon haKodesh ("A Língua Sagrada") ) é o principal idioma utilizado no judaísmo utilizado como língua litúrgica durante séculos. Foi revivido como um idioma de uso corrente no século XIX e utilizado atualmente como idioma oficial no Estado de Israel. No entanto diversas comunidades judaicas utilizam outros idiomas cuja origem em sua maioria surgem da mistura do hebraico com idiomas locais (ver Línguas judaicas).

Crença messiânica e escatologia judaica

Escatologia judaica refere-se às diferentes interpretações judaicas dadas aos temas relacionados ao futuro: ainda que se acreditarmos na Torá este tema não seja tão desenvolvido no judaísmo primitivo após o retorno do Exílio em Babilônia desenvolveu-se baseado no profetismo e no nacionalismo judaico conceitos que iriam formar a base da escatologia judaica. Entre estes temas principais podemos nomear os conceitos sobre o Messias e o Olam Habá (mundo vindouro) no qual todas as nações submeter-se-iam a YHWH e a Torá e na qual Israel ocuparia um lugar de proeminência.

Messias

Dentro do judaísmo, a doutrina do Messias é um assunto que pode variar de ramificação para ramificação. Historicamente diversos personagens foram chamados de Messias, do hebraico ungido, que não assume o mesmo sentido habitual do cristianismo como um "ser salvador e digno de adoração" . Até mesmo o conceito do Messias não aparece na Torá, e por isto mesmo recebe interpretações diferentes de acordo com cada ramificação.
A maior parte dos judeus crê no Messias como um homem judeu(Brayam Terra), filho de um homem e de uma mulher, (em algumas ramificações é considerado que viria da tribo de Yehudá e da descendência do rei David, uma herança do sentimento nacionalista que regulou a vida judaica pós-exílio) que reinará sobre Israel, reconstruirá a nação fazendo com que todos os judeus retornem à Terra Santa e unirá os povos em uma era de paz e prosperidade sob o domínio de YHWH.
Algumas ramificações(kekkei genkai) judaicas (reformistas) creem no entanto que a era messiânica não envolva necessariamente uma pessoa, mas sim que se trate de um período de paz, prosperidade e justiça na humanidade. Dão por isso particular importância ao conceito de "tikkun olam", "reparar o mundo", ou seja, a prática de uma série de actos que conduzem a um mundo socialmente mais justo.

Literatura do judaísmo

Os diversos eventos da história judaica levaram a uma valorização do estudo e da alfabetização dos membros da comunidade judaica. Na Diáspora a busca de conexão com o judaísmo e a busca de não-assimilação com os costumes gentílicos levaram a uma ênfase na necessidade da educação e alfabetização desde a infância, pelo que na maior parte das comunidades judaicas o analfabetismo é praticamente inexistente. Este pensamento levou à criação de uma vasta literatura principalmente de uso religioso.
Dentro do judaísmo, a escritura mais importante é a Torá, que seria o livro contendo o conjunto de histórias da origem do mundo, do homem e do povo de Israel, assim como os mandamentos de obediência a Deus. Para a maior parte das ramificações judaicas, acrescenta-se a história de Israel e as palavras dos profetas israelitas até a construção do Segundo Templo, com sua literatura relacionada, que compiladas na época do retorno de Babilônia, constituíram o que conhecemos como Tanakh, conhecido pelos não-judeus como Antigo Testamento.
Os judeus rabinitas creem que Moisés recebeu além da Torá escrita, uma tradição oral que serviria como um complemento da primeira, e que seria passada de geração à geração desde Moisés, e que viria a ser compilada no século IV d.C. como o Talmude. Os judeus caraítas recusam estes textos .
Cada ramificação tem seus próprios textos e livros.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ALIANÇA ETERNA (JUDAISMO)

Abrão tinha 99 anos, e apareceu o Eterno a Abrão e disse-lhe: “Eu sou El Shadai ( O Eterno Todo poderoso); anda diante de mim e sê perfeito.”
2- E prostrou-se Abrão de rosto em terra, e falou o Eterno com ele dizendo: 4-“ Quanto a mim, eis a minha aliança contigo, e serás pai de uma multidão de nações; 5- e não se chamará o teu nome  Abrahão (Abraham), porque pai de multidão de nações te fiz.
6- E farte-ei frutificar enormemente, e de ti farei nações, e de ti sairão reis. 7- E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti, e entre tua semente depois de ti, nas suas gerações, numa aliança  eterna, para ser teu Elohim, e de tua semente depois de ti. 8- E dar-te-ei, e á tua semente depois de ti, a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã para possessão perpétua; e serei para eles (tua semente) o seu Elohim”
 9-E tu, Minha aliança guardarás, tu e tua semente depois de ti, nas suas gerações.
10- Esta é Minha aliança, que guardareis entre Mim e vós (os de agora,) e a tua semente depois de ti: Será circuncidado em vós todo varão.
11-E circuncidareis a carne de vosso prepúcio, e será por sinal de aliança entre Mim e vós.
12- E com idade de oito dias será circuncidado, entre vós, todo varão, nas vossas gerações: o (escravo) nascido em casa, e comprado por prata, de todo filho de estrangeiro, que não seja de tua semente.
13- Tem de Ser circuncidado o (escravo) nascido em tua casa, e comprado por tua prata; e será Minha aliança em vossa carne,  para uma aliança  eterna . 14- E o varão incircunciso, que não circuncidar a carne  de seu prepúcio, esse alma será cortada de seu povo; Minha aliança quebrou”.
15- E disse Elohim a Abrahão: “ A Sarai, a tua mulher, não chamarás seu nome Sarai, porque Sara ( Sará ) é seu nome. 16- E  a bençoarei, e também darei um filho dela para ti,e a bençoarei e virá a ser nações; reis de povos dela sairão.
“E Abrahão prostou-se com o rosto em terra e riu –se, e disse em seu coração: sendo eu da idade de 100 anos, nascerá um filho? E sendo Sara da idade de 90 anos, dará a luz? 18-E disse Abrahão ao Eterno: Oxalá Ismael viva diante de ti! 
19- E o Eterno disse “ É certo que Sara, tua mulher, dará á luz um filho, e chamarás seu nome Isaac ( Its' hac ); e estabelecerei minha aliança com ele – uma aliança eterna – e com sua descendência depois dele. 20- E sobre Ismael, te escutei. Eis que o tenho abençoado e o farei  frutificar e o multiplicarei mais e mais;
12 príncipes gerará e dele farei uma grande nação. 21-“ Mas minha aliança  estabelecerei  com Issac, que Sara dará á luz para ti, neste tempo determinado, no ano vindouro” 22- E acabou de fala com ele e Deus retirou-se de junto de Abrahão--. 23- E Abrahão tomou a Ismael, seu filho, e a todos os comprados por dinheiro, todo homem entre as pessoas da casa de Abrahão, e circuncidou a carne do seu prepúcio, neste dia, conforme Deus lhe falará . 24- E Abrahão tinha 99 anos quando foi circuncidado na carne de seu prepúcio, 25- Ismael, seu filho, tinha 13 anos de idade, quando foi circuncidado na carne de seu prepúcio.
26- Neste mesmo dia foram circuncidados Abrahão e Ismael, seu filho, 27- e todos os homens de sua casa escravos nascidos em casa e comprados por prata dos filhos de estrangeiros  foram circuncidados com ele.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Estudo da TORAH todos os sábados a partir das 9h da manhã
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Circuncisão

A circuncisão é uma operação cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. Essa remoção, chamada também exérese do prepúcio, peritomia ou postectomia, é praticada há mais de 5 mil anos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos homens no mundo são circuncidados (algo em torno de 665 milhões de homens),[1][2] a maioria deles por motivos religiosos, uma vez que 68% deles são muçulmanos.
O Programa de Combate a AIDS da Organização das Nações Unidas (ONU) defende, de forma controversa, que a circuncisão reduz o risco de contágio do HIV, no caso de cópula vaginal, mas também afirma que o uso do preservativo é indispensável.[3][4]
Depois do corte do cordão umbilical – a onfalotomia – a circuncisão talvez seja o mais antigo tipo de cirurgia.O termo circuncisão deriva da junção de 2 palavras latinas, circum e cisióne, e significa literalmente "cortar ao redor". Atualmente, a circuncisão masculina ainda é praticada em muitos lugares da Terra como ritual religioso e também social por vários povos, tais como judeus e muçulmanos. No século XIX e princípio do século XX, no mundo ocidental, em muitos casos a circuncisão médica tinha como motivação principal a prevenção da masturbação, pois o prepúcio é um tecido erógeno. A partir de meados do século XX, a circuncisão tornou-se uma prática médica vulgar, especialmente nos Estados Unidos da América, onde se estima que entre 0,1 e 0,2% dos homens sejam circuncidados. No entanto, a sua frequência reduziu-se progressivamente, pois hoje a prática regular de hábitos de higiene genital, que têm o mesmo efeito da circuncisão, se tornou cada vez mais comum.

Relevo da VI dinastia ilustrando a circuncisão no Antigo Egipto
Um motivo possível para o início da circuncisão masculina era para distinção entre povos. Em muitas culturas, a circuncisão no início da puberdade é encarada como um ritual de passagem - que marca o início da adolescência e a entrada do rapaz na vida adulta. Serve ainda como um sinal permanente de identificação como prova de iniciação num grupo social ou religioso.

Circuncisão na cultura judaica

Embora alguns acreditem que os hebreus tenham assimilado a prática da circuncisão dos egípcios, não há evidencias consistentes que apoiem essa teoria, o mais provável é que os próprios hebreus tenham, em suas raízes mais remotas da época patriarcal,inserido tal prática em seus costumes de maneira independente a quaisquer outros povos, sendo mantenedores dessa tradição em suas práticas religiosas até a presente época. No Antigo Israel, a circuncisão tinha-se de ser realizada no 8.º dia do nascimento. Tem o sentido de um sinal da aliança entre Deus e Abraão e seus descendentes e um rito de inserção no povo eleito. Deus terá tornado obrigatória a prática da circuncisão masculina para Abraão, um ano antes de nascer Isaque. Todos homens na casa de Abraão, tanto dos seus descendentes como dos dependentes, estavam incluídos, e todos os seus escravos receberam em si este "sinal do pacto" onde entregavam a Deus a sua aliança de carne (anel prepucial) mostrando a reciprocidade deste ato de fé em seu corpo (levítico). A desconsideração deste requisito era punível com a morte. A circuncisão torna-se um requisito obrigatório na Lei dada a Moisés. (Levítico 12:2, 3) Isto era tão importante que, se o 8º dia caísse no dia de Sábado, teria-se de realizar a circuncisão. No 1º Século da EC, entre os judeus, era costume social dar nome ao recém-nascido do sexo masculino quando era circuncidado. Mas os profetas do Antigo Testamento mostravam ser mais importante do que a circuncisão literal, é a circuncisão figurativa ou no "circuncisão do coração". (Deuteronômio 10:16; 30:6; Jeremias 4:4; 9:25) Os judeus que não eram sensíveis às palavras dos profetas, são chamados figurativamente de "incircuncisos". (Jeremias 6:10; Atos 7:10)
Influência da cultura grega
A influência da cultura grega começou a predominar no Médio Oriente, e muitos povos abandonaram a circuncisão. Mas, quando o rei sírio Antíoco IV (Epifânio) proscreveu a circuncisão, ele encontrou mães judias dispostas antes a morrer do que a negar aos seus filhos o "sinal do pacto". Anos mais tarde, o imperador romano Adriano (117-138) obteve a mesma atitude quando proibiu aos judeus circuncidar seus recém-nascidos. Alguns atletas judeus, que desejavam participar dos jogos helenísticos, esforçavam-se a se tornar "incircuncisos" por meio de uma operação destinada a restabelecer certa semelhança de prepúcio, no empenho de evitar zombaria e ridículo.

Sempre no oitavo dia

"Com base na consideração das determinações de vitamina K e de protrombina, o dia perfeito para se realizar uma circuncisão é o oitavo dia". (citação de "Nenhuma Dessas Doenças", Dr. S. I. McMillen, 1986, pág. 21, em inglês) Seguir esta regra ajudava a evitar o perigo de uma grande hemorragia A circuncisão era usualmente feita pelo chefe de família. Em tempos posteriores, usava-se uma pessoa treinada para esta operação. Deus colocou esse ato para distinguir o seu povo de outros povos,sendo que o homem deveria obedecer ao mandado Dele. Também como higiene para poupar seu povo de indesejáveis doenças e tornou isso como prática de fé.

A circuncisão de Jesus

De acordo com a Bíblia, completados os oito dias que determina a tradição judaica, Jesus Cristo foi apresentado ao templo de Jerusalém por sua família para ser circuncidado, quando então foi abençoado por Simeão e Ana. O prepúcio retirado de Jesus é conhecido como prepúcio sagrado, considerada uma relíquia ao longo da história, tendo sua posse sendo clamada ou contestada por diversas igrejas e catedrais. Há vários milagres e poderes atribuídos a esta relíquia sendo muito cobiçada no período medieval.

A circuncisão e o cristianismo

Com a fundação do Cristianismo, a circuncisão deixou de ser um requisito religioso obrigatório para os cristãos judeus, embora não fosse expressamente proibida. (Atos 15:6-29) A perspectiva da Igreja Católica é contrária à circuncisão (rito judaico) desde seus primeiros dias. Conforme o Papa Eugênio IV oficializou na Bula de União com os Coptos, de 1442, a Igreja manda a todos os seus fiéis que "… não pratiquem a circuncisão, seja antes ou depois do baptismo, pois ponham ou não sua esperança nela, ela não pode ser observada sem a perda da salvação eterna".ej nois

Circuncisão como medida profilática


Os defensores da circuncisão afirmam que existe um valor prático na circuncisão masculina, como um ato médico. Como uma medida de higiene, há quem defenda que seja útil para impedir a acumulação de uma secreção genital chamada esmegma, no espaço entre a glande e o prepúcio que a recobre.Se o esmegma não for removido, torna-se um mal cheiroso campo de cultivo de bactérias que causam grande irritação e é foco de infecções.É realizada em certos casos de fimose, parafimose ou quando a glande masculina não pode ser libertada. Para estes últimos casos, existe como alternativa à circuncisão, uma terapia local de creme esteroide que parece ser eficaz; e mesmo quando esta falha, há ainda a prepucioplastia, uma cirurgia que corrige o prepúcio sem removê-lo.
No entanto, recentes estudos mostram que a circuncisão pode ajudar a prevenir infecções nos rins e nas vias urinárias. Outros estudos[6] mostram que os homens incircuncisos têm mais probabilidade de contrair infecções por via sexual do que os homens circuncidados, inclusive de contrair o vírus do HIV. Sugere-se como um possível motivo que o prepúcio proporciona um ambiente tépido, úmido, que dá ao agente infeccioso mais tempo de sobrevivência e oportunidade para infiltração no organismo. De acordo com notícia publicada no site do jornal brasileiro Folha de São Paulo , casos de infecção caíram 50% em teste na África e estudos foram interrompidos após benefício se mostrar tão evidente. Por se tratar de uma proteção parcial, não se dispensa o uso do preservativo.

Shemá Israel

Shemá Israel (em hebraico שמע ישראל; "Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Devarim / Deuteronómio 6:4-9) no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Ad-nai Elokêinu Ad-nai Echad - Escuta ó Israel, Ad-nai nosso D-us é Um).

Texto Integral

Escuta ó Israel, Ad-nai nosso D-us é Um.
(Em voz baixa diz-se) Bendito é o Eterno e que seja bendito para sempre.
  • (Ve'Ahavta) Amarás o Eterno, Teu D-us, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. Estas coisas que eu te ordeno no dia de hoje estarão sobre o teu coração. As ensinarás diligentemente aos teus filhos e falarás delas quando estejas sentado em tua casa e quando andes no caminho, ao deitar e ao levantar. As atarás por sinal sobre a tua mão e serão filactérias[tefilin] entre os teus olhos. E as escreverás sobre os marcos [mezuzá]da tua casa e sobre os seus portões. [1]
  • (Veaia im Shamoa) E sucederá que se obedecerem aos mandamentos que Eu lhes ordeno hoje, de amar ao Eterno, Seu D-us, e de servi-Lo com todo o teu coração e toda a tua alma, então eu darei à tua terra a chuva no seu momento próprio, as chuvas prematuras e as tardias, para que recolham o grão, o mosto e o azeite. Eu darei erva a teus campos para o teu gado, e comerão e se saciarão. Cuidem, não seja que se deixe seduzir vosso coração e se apartem e sirvam a deuses estranhos e se prostrem ante eles. Então se acenderá a ira do Eterno contra vós; Ele reterá os céus para que não haja chuvas e a terra não produza o seu fruto. E serão exterminados rapidamente da boa terra que o Eterno lhes entrega.
Ponham estas Minhas palavras nos vossos corações e nas vossas almas; atem-nas por sinal em vossas mãos e sejam tefilin entre os teus olhos. As ensinarás aos teus filhos, para falar delas quando estejas sentado em tua casa e quando andes no caminho, ao deitar e ao levantar. As escreverás sobre os marcos da tua casa e sobre os teus portões, a fim de que se multipliquem os dias dos teus filhos sobre a terra que o Eterno jurou entregar a teus antepassados, como os dias do céu sobre a terra. [2]
  • (Vaiomer Ad-nai) O Eterno falou a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel e diz-lhes que façam franjas nos cantos de suas roupas ao longo das suas gerações. E ponham sobre a franja um cordão de cor azul. E serão tzitzit para vós, para que o vejam e se lembrem de todos os mandamentos do Eterno e os cumpram e não explorem atrás dos vossos pensamentos nem detrás dos vossos olhos, nos quais vocês se corrompem. A fim que recordem e cumpram todos os Meus mandamentos e sejam santos para o vosso D-us.
Eu Sou o Eterno, vosso D-us, que vos saquei da terra do Egito para ser o vosso D-us. Eu Sou o Eterno, vosso D-us.[3]

História

Originalmente, o Shemá constituia-se de um único verso (Devarim / Deuteronômio 6:4-9 - ver Talmud Sukkot 42a e Berachot 13b).
Atualmente sua recitação envolve três porções: Devarim / Deuteronômio 6:4-9, Devarim / Deuteronômio 11:13-21, e Bamidbar / Números 15:37-41 que constituem a base principal da fé judaica. Seguindo o mandamento de dizer Shemá "ao deitares-te e ao acordares", a leitura de Shemá é parte das rezas judaicas da noite (Arvit) e da manhã (Shacharit).

Referências

  1. Devarim (Deuteronómio) 6:4-9
  2. Devarim (Deuteronómio) 11:13-21
  3. Bamidbar (Números) 15:37-41