SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

domingo, 17 de junho de 2012

Comedores de Maná Baseado nos ensinamentos do Rebe

Por Yanki Tauber Alguns fatos sobre o maná: parecia uma pequena semente redonda e branca. Caía do céu à noite, entremeada com duas camadas de orvalho. Tinha o sabor de seu alimento favorito. Não produzia resíduos, encerrando as necessidades nutricionais da pessoa com tanta precisão que depois que o corpo absorvia aquilo que precisava não havia resíduos. (este fato fez com que alguns dos israelitas ficassem um tanto enjoados com o "pão do céu".) Logo depois que o maná começou a cair, recebemos a Torá no Monte Sinai. Durante as quatro décadas seguintes atravessamos o deserto, comendo o maná e estudando Torá. Isso é basicamente tudo que fizemos (quando não havia problemas). O Midrash vê uma conexão direta entre nossa dieta e nossa ocupação, declarando que "a Torá podia ser dada somente a comedores de maná". Após quarenta anos de maná e Torá, atravessamos o Rio Jordão para a Terra Prometida. O estudo da Torá continuou sendo uma ocupação de tempo integral somente para a tribo de Levi (e para alguns indivíduos seletos de outras tribos). Todos os outros se aplicaram ao mister de ganhar a vida como fazendeiros ou mercadores. O maná cessou, e mudamos para o "pão da terra" – escuro, volumoso, quadrado – do tipo cujos nutrientes e vitaminas estão concentrados no recheio. Do tipo que é digerido, em vez de absorvido. A vida é quase sempre desperdício. Passamos o dia todo trabalhando em troca de dinheiro, uma hora comprando, outra hora cozinhando, alguns minutos comendo. E para onde vai a comida? A maioria passa direto pelo nosso corpo e vai para o sistema de esgotos da cidade. Recebemos 24 horas por dia, das quais a esmagadora maioria é gasta dormindo, nos transportes, procurando uma vaga para estacionar, esperando na fila, examinando a correspondência, ouvindo discursos, inventando desculpas, batendo papo, fazendo depósitos, fazendo retiradas. E então, naqueles cinco minutos em que estamos realmente fazendo alguma coisa, na metade do tempo sai tudo errado! Na verdade, estamos tão acostumados a lidar com dejetos, que mesmo quando recebemos algo que é 100% puro ouro, começamos a separá-lo, procurando alguma impureza para jogar fora. Procuramos falhas na alma de um ente querido, por agendas ocultas nas amizades mais bonitas, pelo "outro lado" na mais íntegra das causas. Até a bondade em si é julgada boa demais para ser verdadeira. Isso é por que, diz o Lubavitcher Rebe, "a Torá somente podia ser dada a comedores de maná". Uma nação de comedores de pão teria embarcado imediatamente num processo de "digestão". "Ama teu próximo como a ti mesmo" – teriam dito eles – isso é limpo, nutritivo; mas "Guarda o Shabat"? não é prático nesta época e nestes tempos. Eles teriam separado as partes do PC das partes "primitivas", as partes de se sentir bem das partes de "Não me sinto à vontade com…", os "fatos históricos" do "folclore", as partes "cientificamente corroboradas" do esotérico, os "rituais" das "restrições", etc. Nosso mundo precisa de seus comedores de pão. Precisamos saber como discernir, a adotar o bem e rejeitar o mal, a fazer opções morais. Mas precisamos também saber quando sair do módulo da digestão. Reconhecer quando, num raro momento de graça, D’us nos concedeu um dom de bondade e perfeição puras. A nos abrir para Sua Torá, e permitir que sua totalidade nos alimente como o maná que é. ImprimirEnvie esta página a um amigoCompartilhe isto ComentárioComentário Por Yanki Tauber Yanki Tauber é editor de conteúdo de Chabad.org. O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.

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