SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

sábado, 30 de junho de 2012

O Que É Emuná? Além da Crença

Por Tzvi Freeman O que é
Geralmente traduzida como fé. Estamos acostumados a pensar na fé como uma estratégia para pessoas que não podem pensar por si mesmas. “O tolo acredita em tudo”, escreve Shelomô, “o homem sábio entende.” Emuná, porém, é uma convicção inata, uma percepção da verdade que transcende, e não foge, à razão. Bem ao contrário, sabedoria, compreensão e conhecimento podem ampliar a verdadeira emuná. Mesmo assim, a emuná não é baseada na razão. A razão nunca pode atingir a certeza da emuná, pois, razoavelmente falando, um raciocínio maior poderia sempre vir junto e provar que suas razões estão erradas. Dessa maneira, a emuná é semelhante a ver em primeira mão: a razão pode ajudar você a entender melhor aquilo que vê, mas eu terei dificuldade para convencê-lo que você nunca viu aquilo. Portanto também, a emuná perdura mesmo quando a razão não pode alcançar. Como testá-la Falando praticamente, uma pessoa pode ter fé porque não está interessada ou é incapaz de raciocinar por si mesma. Portanto, sua fé não pertence a ela: está simplesmente confiando em outros. Quando alguém tem uma profunda emuná em qualquer verdade, sente que essa verdade é parte de sua própria essência e seu ser. O teste de tornassol seria um caso de martírio. Uma pessoa com fé sub-racional pode ou não decidir dar a própria vida por esta fé. Uma pessoa com emuná supra-racional não vê escolha – negar sua emuná é negar a quintessência de seu ser. Como chegar lá Como dissemos, a emuná é inata, porém pode ser aumentada através de estudo, experiência e razão. Sem este alimento, a emuná de uma pessoa pode permanecer divorciada de sua atitude e ações. O Talmud descreve como um ladrão também acredita em D'us: quando está para fazer uma entrada forçada, a ponto de arriscar sua vida - e a vida de sua vítima – ele grita com toda a sinceridade: “D'us me ajude!” O ladrão tem fé que há um D'us que ouve seus gritos, porém não entende que D'us pode ser capaz de prover para ele sem exigir que descumpra a vontade de D'us ao roubar dos outros. Para a emuná afetá-lo dessa maneira ele precisa de estudo e contemplação. Os estudos que mais enriquecem a emuná são o Midrash e a Cabalá. Os cabalistas do período que se seguiu ao exílio espanhol (Século 16) apresentaram essas ideias numa forma mais racional. A Chassidut Chabad, uma abordagem fundada por Rabi Shneur Zalman de Liadi ao final do Século 18, é uma extensão dessa tendência, levando o âmbito da emuná a uma maior proximidade com o raciocínio humano – e possibilitando que a razão humana vislumbrasse o reino transcendente da emuná. Porém a maior vitamina que você pode proporcionar à emuná é o simples exercício. De fato, um artesão é chamado em hebraico de “uman” – porque praticou sua arte repetidamente até se tornar natural para ele. Assim também, a emuná fica mais alta e mais profunda à medida que você se acostuma a ver todos os fenômenos da vida como manifestações da presença e glória do Criador. E ainda mais, a emuná é enriquecida por ser testada e passar pelos testes; e por fazer sacrifícios na vida em prol da sua emuná. ImprimirEnvie esta página a um amigoCompartilhe isto ComentárioComentário Por Tzvi Freeman Rabino Tzvi Freeman, editor sênior de Chabad.org, também lidera nossa equipe Pergunte ao Rabino. É autor de Trazendo o Céu para a Terra. Para inscrever-se e receber atualizações regulares sobre os artigos de Rabino Freeman, visite os Freeman Files. O conteúdo dessa página tem o copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido pelo nosso parceiro de conteúdo, Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.

Nenhum comentário:

Postar um comentário