SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Que Não Me Fez Mulher… Mitsvot Especiais da Mulher

Entre as inúmeras Bênçãos Matinais, Brachot Hashachar, uma delas é pronunciada apenas pelos homens e gera muita polêmica e interpretações equivocadas. Como as demais brachot, ela possui a mesma estrutura: "Bendito seja D’us, Rei do Universo, que …", "…SheLo Assani ishá"… "que não me fez mulher". Pronto! Há mulheres que ficam indignadas, sentindo-se ofendidas, até ultrajadas, e homens constrangidos com tal declaração. No entanto, não devemos nos impressionar ou sermos levados pelas aparências ou por interpretações pessoais. Qualquer um familiarizado com a alta estima na qual a mulher judia é tida na Torá e com o lugar o qual ocupa na vida judaica, não será ingênuo a ponto de pensar que esta bênção reflete algo negativo sobre a feminilidade judaica. Os mandamentos possuem um sentido mais profundo. Durante a era da profecia houve sete profetisas mencionadas pelo nome no Tanach, e nota-se na Torá que Sara foi, em certos aspectos, até superior a Avraham, pois D'us disse a Avraham: "Tudo o que Sara te disser, ouve-a." Sem mencionar outros fatos ocorridos em nossa história que engrandecem e colocam a mulher em um nível superior e ímpar na vida judaica. Por natureza, a tarefa do homem é ser provedor, enquanto a mulher tem que dividir seu dia entre administrando a vida do lar, educação de seus filhos, e de toda a família com paciênciae extrema competência, com todas as qualidades que a Divina Providência tão generosamente lhe conferiu. Hoje aliada ao exercício da vida profissional, para muitas, exige ainda mais disciplina e perfeita estratégia para que não haja falhas em seu planejamento; e ela já se cobra muito de si mesma. A Torá, justamente por este motivo, eximiu a mulher judia da obrigação de cumprir certas mitsvot. Apesar da mulher judia estar igualmente obrigada, como o homem, a cumprir todas as proibições da Torá, os mandamentos proibitivos (e estes são a maioria - 365 "não faças"para 248 "faça"). Entretanto, no que se refere aos mandamentos positivos, a mulher judia está isenta do cumprimento de alguns deles (de modo algum, não todos), principalmente os que têm um fator tempo ou limite, em consideração aos seus importantes deveres conjugais e maternais, aos quais a Torá dá precedência. Neste aspecto, portanto, a mulher judia é antes "privilegiada". Entretanto, o homem judeu, a quem não foram concedidos os privilégios especiais, tem a seu favor a oportunidade de estar estreitar seu relacionamento com D'us mais frequentemente pelo cumprimento daquelas mitsvot das quais a mulher está isenta. Esta não é uma compensação pequena e é por esta razão - pela oportunidade de servir a D'us com estes preceitos adicionais - que o homem recita a bênção "que não me fez mulher". Sob o ângulo feminino, toda mulher judia deve estar consciente de ter sido dotada de uma maior sensibilidade que permite estabelecer uma conexão com D’us de forma direta e profunda. Sob este prisma, sua natureza é mais uma vantagem, um ponto a seu favor. O fato de D’us tê-la isentado de certas tarefas mostra todo apreço que Ele dedica ao seu papel essencial dentro do povo judeu e na garantia de sua continuidade. O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.

Nenhum comentário:

Postar um comentário