SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quando Separação é Proteção

Por Dra. Miriam Adahan Noah fez. Nossos antepassados, Avraham, Sarah e Yaacov, também fizeram. Todos eles tiveram de se separar de pessoas “tóxicas”. D'us disse a Nôach para construir uma arca e separar-se das pessoas degeneradas ao redor. Depois que Avraham destruiu os ídolos de seu pai e deixou seu local de nascimento, ele também teve de se separar de seu sobrinho, Lot. Aquele relacionamento foi tão prejudicial, na verdade, que o comentarista Rashi nos diz que enquanto eles estiveram juntos, Avraham foi incapaz de ouvir as palavras de D'us. Sarah teve de banir sua serva Hagar e seu filho, Ismael, para proteger o próprio filho, Yitschac. Yaacov sofreu muito durante os vinte anos em que esteve com seu sogro, Laban, e fugiu na primeira oportunidade. Assim como a presença de pessoas realmente bondosas pode ser positiva, o oposto também é verdadeiro. Por mais que gostemos de ver somente o bem em todos, e aceitá-los em nossa vida, há algumas pessoas cujos atos insanos ou hostis provocam o pior em nós e nos impedem de viver alegremente. Pesquisas mostram que na presença de pessoas desagradáveis, até nossas células T-assassinas (aquelas que lutam contra os vírus e bactérias) se enfraquecem, levando assim a numerosas doenças físicas, especialmente doenças autoimunes, para não mencionar a perda de de valor próprio e um imenso tormento emocional. Constrangimento e humilhação podem parecer “apenas palavras” para alguns, mas as feridas não vistas podem deixar as vítimas com EPT (Estresse Pós-Traumático), que é caracterizado por ansiedade, insónia, sensibilidade a ruídos e depressão. Estudos mostram que mulheres grávidas que moram ou trabalham com pessoas hostis têm maior probabilidade de ter bebês com sistemas imunológicos enfraquecidos, baixos níveis de ferro e alta incidência de hiperatividade. Mesmo que essas pessoas “perturbadas” sejam às vezes amigáveis, gentis e encantadoras, sua falta de previsibilidade mantém todos num estado constante de tensão, sem saber o que pode desencadear o problema. Embora haja numerosos tipos de personalidades tóxicas, desde controladores dominantes até reclamadores compulsivos, sua presença é estressante, mental e fisicamente. Pessoas tóxicas não têm vergonha de suas ações; em vez disso, dão desculpas intermináveis culpando os outros pelo seu comportamento. Sua atitude é: “Como você não correspondeu às minhas expectativas, tenho o direito de ficar furioso e de magoar você de volta.” Infelizmente, as vítimas muitas vezes sentem: “Se eu fosse realmente bom, isso não me afetaria.” Quando buscam ajuda, podem ouvir: “Perdoe e esqueça. Concentre-se no que há de bom.” Se elas tentarem se afastar, podem ficar sujeitas a críticas por parentes que lhes dirão o quanto a pessoa tóxica está sofrendo, e o quanto devem manter contato. Essa atitude faz as pessoas se sentirem envergonhadas de sua ira, medo, repulsa e confusão. Se a pessoa tóxica é um membro da família que pode às vezes ser devotada e generosa, ou que é altamente respeitada na comunidade, a vítima se sente confusa e ambivalente. Se ele ou ela é dependente da pessoa por dinheiro, talvez não haja escolha exceto aturar passivamente seu domínio e críticas. Sim, há alguns que parecem não ser afetados pela hostilidade das pessoas, assim como há pessoas que dormem durante ataques aéreos e no dia seguinte continuam a trabalhar como se nada tivesse acontecido. Porém, a Torá nos proíbe de nos prejudicar. Se um abusador não demonstra arrependimento e não faz esforços para deter o comportamento abusivo, e se a vítima se sente fisicamente mal e emocionalmente afetada pela hostilidade, então a separação pode ser a única forma de se proteger. “Rav Yirmiyah ben Abba disse que quatro categorias de pessoas não podem receber a Divina presença: zombadores, maledicentes, bajuladores e mentirosos, especialmente se semearem discórdia entre marido e mulher.” Assim como dividimos os alimentos entre aqueles que são nutritivos e outros que são prejudiciais, cada um de nós deve distinguir entre pessoas que nos fazem sentir respeitados e seguros, e aquelas que fazem o oposto. Mesmo se você separar, sua autoestima já pode estar tão prejudicada que você vive com mensagens negativas dessas pessoas dentro da sua mente, constantemente se criticando por não ser “suficientemente bom”. Levará tempo para interiorizar a mensagem de que “D'us me ama e valoriza, não importa o que outros pensam de mim,” e para aprender a lutar com a voz interior que diz: “Você é idiota e incompetente. Ninguém poderia amar você.” Para ajudar com esse trabalho interior, compre um caderno grande com páginas sem pautas e papel grosso que possa ser desenhado com marcadores. 1. Use sua mão dominante para desenhar uma figura do incidente desagradável no qual você começou a interiorizar mensagens negativas sobre si mesmo. Se houve vários incidentes, use uma página separada para cada desenho. Você não precisa ter talento artístico. Esses desenhos simples o ajudarão a validar seu sofrimento. Usar sua mão não-dominante ajuda você a evitar ser crítico sobre seus desenhos. 2. Olhe para aquele desenho de si mesmo, e escreva o que você estava sentindo naquela hora. 3. Agora, pense em si mesmo como um adulto sábio e compassivo que pode entrar naquela cena. Escreva para a figura palavras de amor, elogio e apoio, por exemplo: “Você tentou heroicamente lidar e agir apesar do sofrimento. Sim, você teve cicatrizes, mas elas são uma prova da sua força, sabedoria e coragem. Foi bom você não ter feito aos outros aquilo que foi feito para você. Eu amo você do jeito que é. Sempre estarei com você e o ajudarei a aprender a amar.” 4. Todo dia, faça pequenos esforços para se tornar mais amoroso. Por exemplo, se é perfeccionista, diga a si mesmo: “Quero progresso, não perfeição. Meu melhor é bom o suficiente,” Sorria para as pessoas. Elogie-as e demonstre interesse na vida delas. Se você é uma pessoa que gosta de agradar, proteja-se estabelecendo limites claros e recusando-se a fazer coisas que não pode fazer alegremente. Se é indisciplinado, vigie seus pequenos atos de auto-disciplina, como evitar alimentos não saudáveis. Fique orgulhoso das menores coisas que faz para evitar esses antigos padrões. Anote suas “vitórias” num caderno. Aquela que é uma grande vitória para você pode ser nada para alguém que não tem essas barreiras interiores. Isso não é fácil. Pode demorar a vida inteira para superar padrões estabelecidos. Comemore cada etapa que vencer no sentido de se tornar uma pessoa que se respeita e se ama. ImprimirEnvie esta página a um amigoCompartilhe isto omentárioComentário Por Dra. Miriam Adahan Dra. Miriam Adahan é uma psicóloga, terapeuta, autora e fundadora do EMETT (“Emotional Maturity Established Through Torah”) - uma rede de grupos de auto-ajuda dedicados ao crescimento pessoal. Clique aqui para visitar seu website. O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.

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