SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cidades Refúgio por Rabi Jonathan Sacks

Na Porção desta semana da Torá, Shofetim, lemos sobre as cidades de refúgio, às quais um homem que tivesse matado involuntariamente poderia fugir, encontrar abrigo e expiar por suas falhas. Acabamos de entrar em Elul, o mês no qual esta porção é sempre lida. Elul é no "tempo" aquilo que as cidades de refúgio eram no "espaço". É um mês de refúgio e arrependimento, uma época protegida na qual a pessoa pode afastar-se das falhas de seu passado e dedicar-se a um futuro novo e santificado. Embora todas as cidades de refúgio devessem estar na Terra de Israel, não estavam todas no mesmo território. Havia três em Israel propriamente dito – a Terra Santa. Havia três na Transjordânia, onde, segundo o Talmud, "o assassinato involuntário era comum." E, na Era Vindoura, "o Eterno teu D'us ampliará tuas fronteiras", três mais serão providenciadas, na terra recém-ocupada. Isso significa que todo nível de espiritualidade tem seu próprio refúgio, desde a Transjordânia relativamente sem lei até a Terra Santa, e mesmo na Era Vindoura. E isso é verdadeiro, tanto espiritual como geograficamente. A cada estágio da vida religiosa de um homem existe a possibilidade de alguma falta pela qual deve haver refúgio e expiação. Mesmo que ele nunca desobedeça à vontade de D'us, talvez ele ainda não tenha feito tudo ao seu alcance para aproximar-se de D'us. Esta é a tarefa de Elul. É um tempo de auto-exame, quando cada pessoa deve perguntar-se se aquilo que realizou foi tudo o que poderia ter realizado. E caso contrário, deve se arrepender, e esforçar-se tendo em vista um futuro de maiores realizações. Seja um homem de negócios ou um erudito, aquele que viveu no mundo e que passou seus dias sob a canópia da Torá – ambos devem fazer de Elul um tempo de auto-exame e refúgio. Esta é a maneira de o mundo ocidental fazer Elul – o mês do alto verão – um tempo de afastamento do estudo. O caso deveria ser o oposto. Está acima o tempo todo para auto-exame, um tempo de mudar a própria vida. E o lugar para isso é a cidade de refúgio, na Terra Santa, o que para nós significa, em um lugar da Torá. Cada judeu deveria guardar Elul, ou pelo menos a partir do 18º dia em diante (os últimos 12 dias, um dia para cada mês do ano), ou de qualquer modo os dias em que são recitadas as selichot, e fazer seu refúgio num local da Torá. Um refúgio é um lugar para o qual alguém foge; ou seja, onde alguém deixa de lado seu passado e constrói um novo lar. Elul é o funeral do passado em benefício de um futuro melhor. E é a preparação necessária para as bênçãos de Rosh Hashaná, as promessas de plenitude e realização no ano vindouro. De "Estudos da Torá", por Rabi Jonathan Sacks, adaptado das obras do Lubavitcher Rebe O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.

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