SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Discórdia e Amor: Eles se Misturam?



O amor e a ira não podem coexistir. A ira sempre afasta o amor. Uma pessoa não pode ingerir veneno e continuar sadia; da mesma forma, a pessoa não pode receber fúria e ainda continuar amando a pessoa furiosa.
Os sentimentos negativos são sempre mais poderosos, invasivos e mais duradouros que os positivos. Uma ou duas interações negativas estragarão facilmente dez ou vinte interações positivas. A fúria na forma de crítica, sarcasmo, hostilidade ou crueldade é uma emoção negativa muito forte. A ira é o “veneno do amor”.
É normal às vezes sentir-se irritado com o cônjuge ou outra pessoa da família. Talvez você não goste da maneira que preparam comida, se vestem, gastam dinheiro, limpam a casa ou falam com você. Nesses momentos você tem uma opção. Pode reagir com paciência, bondade e compreensão ou com crítica, fúria ou conflito. Se reagir com crítica e ira, certamente arruinará o seu relacionamento.
Os casamentos bem-sucedidos são construídos com amor e respeito. Ira e discórdia levarão a um fosso entre você e seu cônjuge, tornando impossíveis os sentimentos mútuos de amor e respeito. Simplesmente, se você deseja um relacionamento amoroso, mantenha a ira longe do seu lar.
Algumas pessoas pensam que discussões entre marido e mulher são uma parte necessária do casamento. Isso não é verdade. A meta deveria ser nunca expressar raiva, irritação ou entrar numa briga séria. Ninguém deseja ficar doente. Fazemos muitas coisas para evitar as doenças. No entanto, quando chega alguma enfermidade, entendemos que é uma parte normal da vida. O relacionamento entre marido e mulher é o mesmo. Esforçamo-nos pela contínua paz e harmonia, mas aceitamos um conflito ocasional.
Uma pessoa saudável pode facilmente sobreviver à gripe, porém o indivíduo fraco não pode. O mesmo se aplica ao seu relacionamento. Se for forte, suportará o erro ocasional feito por você ou seu cônjuge, embora sua meta seja um relacionamento livre da ira. Se a ira, como um hóspede inesperado, ocasionalmente surgir, mostre-lhe logo o caminho da rua. Torne seu lar um lugar especial repleto de amor e sentimentos positivos.

       
Como deveria ser um casamento?

Um relacionamento deveria ser pacífico, divertido, romântico e sem ira, hostilidade ou sarcasmo. Realisticamente, existe a probabilidade de discórdia ocasional entre você e seu parceiro. No entanto, não se deve permitir que a discordância aumente e deve ser logo posta de lado. Quando o desacordo é sobre um assunto específico, e a ira não foi misturada a ele, é fácil resolver e seguir em frente.
Seu relacionamento é bem-sucedido quando você se sente amado e cuidado pelo seu parceiro. Você sente que numa hora de necessidade seu parceiro estará lá com você e para você. Seu parceiro é leal, amoroso, e aprecia a sua companhia.
Nem todos os momentos do dia são repletos de romance e canção, mas você espera com ansiedade os momentos que possam ser. Muitas vezes, você está longe dele, e aprecia estas horas, mas espera ansiosamente para se reunirem novamente. Juntos, trabalham para construir sua família e educar filhos.
O Rei Shelomô foi o homem mais sábio que já existiu. Há muitas centenas de anos, ele declarou: “Não há nada de novo sob o sol.” Isso certamente se aplica à eterna necessidade humana de viver numa família. O que é novo é o esforço maior necessário para tornar a vida em família uma experiência positiva para todos. Para a maioria das famílias com problemas, o primeiro passo para um relacionamento bem-sucedido é tirar a raiva e ódio de dentro do seio familiar. E plantar o respeito. Implementar a bondade, atos gratuítos de amor.
Ira encherá a casa com hostilidade e desconfiança, e os membros da família preferirão estar em qualquer outra parte, exceto em casa. Essa é a tragédia causada pela ira. Felizmente, ela pode ser prevenida.
No Judaísmo, a idolatria é considerada um dos pecados mais graves. O Talmud compara uma pessoa furiosa a um idólatra. Quando uma pessoa está irada esquece-se de D’us; esquece que D’us é bom. Mente com frequência, constrange e ofende os outros, e tolera o ódio, para nomear apenas alguns dos muitos pecados que a fúria pode ajudar a cometer.
Rejeite a fúria, e permaneça calmo. Nessas horas não deixe o coração prevalecer sobre a razão e escurecer a sua sabedoria. Não seja impulsivo. Não reaja na hora. Mantenha o controle sobre seus atos. Respire fundo. Reflita. Pronto! Agora você pode continuar interagindo sem machucar as pessoas que mais ama e estão permanentemente ao seu lado.
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Por Avrohom Kass
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