SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

terça-feira, 15 de março de 2011

A Ressrreição do idioma Hebraico

A ressurreição do idioma Hebraico, que por mais de dezoito séculos não era falado como língua diária, é tão notável como o reavivamento do próprio Israel. De fato, é importantíssimo fator aglutinador dos judeus como nação unida.

Há cem anos, o Hebraico era considerado um idioma bíblico morto. Porém, os judeus nunca o consideram como tal. Era o idioma bíblico e os quais proferiam suas orações; e embora não o usassem em sua vida secular, sempre sentiram que alguns dias voltaram a Sião e falariam o Hebraico. Caberia a Eliezer Bem-Yehuda, um judeu europeu, demonstrar que chegará o momento de reviver o Hebraico, não postergando essa ressurreição para algum futuro distante.

Assim, pois, Deus levantou esse homem, nascido perto de Vilna, em 1858, para devolver aos judeus seu idioma comum. O povo estava espalhado entre as nações; falavam o idioma dos povos entre os quais habitavam. Muitos judeus da Europa falavam o iídiche, idioma com base no alemão medieval. Outros falavam o latino, alicerçado no espanhol medieval. Na primavera de 1879, Bem Yehuda ( anteriormente de nome Perlman ) publicou um artigo no qual propunha que fosse fundado um estado judaico da palestina, e que o idioma deste estado fosse o hebraico. Os judeus mais piedosos ficaram chocados antes a sugestão; para eles era um sacrilégio usa o idioma da Bíblia na linguagem diária . Algum deles falarem o hebraico, mas apenas aos sábados. Bem-Yehuda, porém, estava resolvido, convicto de que a idéia era boa.

Impelido por uma força sobrenatural ( embora sem duvida inconsciente do fato) jovem abandonou seus estudos de medicina na Sorbonne, em Paris, e para consternação de seus parentes e amigos, partiu com todos os seus pertences para Jerusalém. Em 1880, a caminho da palestina, escreveu: “Hoje falamos idioma estrangeiros, amanhã todos falaremos o hebraico”.

Conseguiu estabelecer a primeira família de fala hebraica na Palestina, após um lapso de dezoito séculos. Em breve, outras famílias recém-chegadas seguiram o exemplo. Pouco a pouco o hebraico se foi tornando idioma da conversação diária em vários centros judaicos, até que seu uso se tornou generalizado. Por volta de 1918, cerca de quarenta por cento dos judeus da Palestina falava o hebraico. Em cerca de 1948, essa porcentagem havia aumentado para oitenta por cento. Atualmente calcula-se que noventa e cinco da população pode comunicar-se em hebraico em suas atividades diárias, embora muitos falem outros idiomas em seus lares e possa ler publicações diárias em idiomas estrangeiros.

Eliezer Bem-Yehuda criou a primeira escola não religiosa onde todas as matérias eram ensinadas em hebraico. Também fundou e operou quatro jornais em hebraico, e foi o instrumento que estabeleceu o conselho do idioma hebraico que, em 1954, tornou-se academia oficial do governo do idioma hebraico. Sua principal obra, porém, foi a de material para um dicionário hebraico em dezessete volumes, atualmente em extenso uso.

Para reviver o idioma hebraico foi mistério criar muitas palavras novas para consumo moderno, particularmente nas áreas industrial. Tecnologia e profissional. O vocabulário hebraico da Bíblia conta com apenas 7.704, vocábulos diferentes. Esse vocabulário se tem multiplicado por diversas vezes. A cademia do idioma hebraico tem registrado o uso de cerca de trinta mil palavras.

A tarefa de ensina o idioma aos imigrantes judeus tem sido gigantesca, os israelenses, porém, com vigor e recursos característicos, tem criado métodos rápidos de aprendizagem. Por meio desses métodos modernos, os imigrantes são capazes de aprender o idioma em cinco meses. Entre os dezessete jornais diários de Israel, publicados em hebraico, há um que usa hebraico simplificado, com vogais, para beneficio dos imigrantes que ainda não podem ler o hebraico regular, em que a maioria das vogais é omitida. Também lições em hebraico e boletins de noticias, em hebraico simples são lançadas ao ar pela rádio nacional.

Todo o judeu em Israel é exortado aprender o hebraico sendo esse o idioma em que se ministram as aulas em todas as escolas judaicas ainda que a árabe seja usado por professores nas escolas onde se ensina o árabe. Os cidadãos árabes em Israel não são forçados a aprender o hebraico. Há plena liberdade para cada raça manter a sua própria cultura e tradição. Selos moedas e papel-moeda exibem inscrições tanto em hebraico como em árabe.

Fonte O.S.BOYER
Caixa P.62/ Pindamonhangaba-SP

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