SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Que Há de Errado Com os Políticos?

Por Elisha Greenbaum


Há muitos homens e mulheres notáveis que se distinguiram no serviço público. O que lhes permite serem bem-sucedidos enquanto outros falham? Para dar uma pincelada geral, pode-se sugerir que há dois tipos diferentes de políticos.
O primeiro tipo é o vilão por excelência, que não tem vergonha de encher o próprio bolso.
Eles podem falar bonito em público; podem fazer todos os barulhos certos sobre transparência e responsabilidade enquanto tentam ser eleitos.
Mas se os conhecer pessoalmente, você logo verá que não existe uma só fibra de altruísmo neles.
Um subconjunto dessa primeira classe é o sujeito incompetente que é esperto o suficiente para abrir caminho na política apesar de sua incapacidade, e tem astúcia bastante para permanecer lá durante décadas, assaltando o bolso público.
Eles jamais sobreviveriam no mundo comercial, onde as pessoas são julgadas pelos resultados e onde o fracasso é recompensado com a demissão, não com uma pensão vitalícia.
O segundo tipo de político falho é o indivíduo honesto, bem intencionado, realmente dedicado, que deseja fazer uma diferença e deixar uma influência positiva no mundo. Eles trabalham bastante pela causa comum, e sacrificam família e saúde em sua dedicação aos constituintes.
Certamente são bem intencionados, mas dificilmente atingem a longevidade.
Como mariposas consumidas pela chama do próprio altruísmo, eles tendem a se queimar rapidamente e, muito depressa, desaparecem da vida pública, tendo ficado sem idéias e achando impossível manter seus altos padrões.
Um verdadeiro líder está acima da divisão de uma dessas duas opções. Seu foco é servir aos outros, mas não se esquece da necessidade de auto-realização e auto-melhoramento no processo.
Certa vez ouvi o secretário do Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, descrever a rotina do Rebe. Ele enfatizou que juntamente com todos os seus esforços comunitários, estratégias internacionais, pronunciamentos públicos e atenção a indivíduos e grupos, mesmo assim o Rebe reservava a maior parte de seu dia, diariamente, para estudo privado. Fomos apresentados a Moshê, o maior líder da história e o homem que por si só inspirou uma nação e nos levou do sofrimento à oportunidade.
A Torá registra que a partir do momento em que ele nasceu “ele era bom”. Os comentaristas explicam que esta “bondade” essencial poderia ser observada em duas maneiras diferentes:
1) Ele nasceu circuncidado,
2) quando ele nasceu a casa inteira ficou repleta de luz.
Eu sugeriria que esses dois milagres representam a grandeza que foi Moshê, e demonstra suas qualidades essenciais como líder dos homens.
Um líder é uma luminária, enchendo o aposento com a luz de sua personalidade. Liderança é o ato de estar ali para os outros, e causar impacto em suas vidas para o melhor.
Mesmo quando jovem Moshê foi marcado como embaixador da bondade e gentileza, e para sempre seu brilho reluziu na vida de seu povo.
Porém um líder não pode apenas falar com outros; ele tem de se tornar um modelo de excelência por direito próprio.
Quando circuncidamos nossos filhos os transformamos em judeus completos, tanto física quanto espiritualmente.
O fato de Moshê ter nascido circuncidado demonstra que ele tinha atingido sua própria medida de perfeição, e assim teve o direito de tentar influenciar os outros.
Todos nós temos a capacidade de realização, e a responsabilidade e capacidade de liderar.
Nosso maior propósito na vida é fazer contato e levar a luz do Judaísmo aos corações e mentes de todos.
No entanto, temos uma responsabilidade concomitante de assegurar que nossa própria casa espiritual esteja em ordem e que façamos jus aos ideais que abraçamos publicamente.
Se pudermos operar nessas duas frentes como uma, então correspondemos aos padrões de nosso líder Moshê, e estamos trilhando seu caminho de bondade.


Por Elisha Greenbaum
Rabino Elisha Greenbaum é líder espiritual da Congregação Hebraica Moorabbin e co-diretor de L’Chaim Chabad em Moorabbin, Victória, Austrália.

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