SHEMA ISRAEL

Sinagoga Morumbi

Yeshiva Boys Choir -- Kol Hamispalel

domingo, 25 de março de 2012

Vayicrá: Um Chamado de Amor Adaptado de um discurso do Rebe de Lubavitch, Sêfer Hitvaaduyot 5750, Vol. 2.


O Livro de Vayicrá descreve em detalhes as leis das oferendas que eram levadas ao Mishkan (Santuário) e ao Templo Sagrado. Inicia-se com as palavras: “E Ele chamou Moshê.”
Rashi, o grande comentarista da Torá, explica que D’us chamou Moshê com um amor especial e único. A filosofia chassídica explica mais sobre o significado do fato de o nome de D’us não ser mencionado de forma direta. Esse grande amor, explica, é proveniente de um atributo Divino que é tão elevado, que existe além das limitações impostas por um nome. É como se a própria Essência de D’us estivesse chamando Moshê.
A chassidut também ensina que cada judeu tem uma centelha da alma de Moshê dentro de sua própria alma. Portanto, o chamado de D’us para Moshê com um amor especial é um chamado para cada judeu, não importa quem seja. As instruções que vieram em seguida, os detalhes dos corbanot - sacrifícios (que no hebraico tem o radical que significa “aproximar”) são as instruções através das quais podemos nos aproximar de D’us, e dizem respeito a todo e qualquer judeu, em todo e qualquer tempo e espaço.
Este conceito também se reflete na Haftará desta semana (do livro de Yeshayáhu). “Este povo que formei para Mim expressará Meu louvor.” A primeira parte do versículo parece mostrar o grande amor de D’us pelo povo judeu. A segunda parte, porém, parece referir-se a suas preces, boas ações e estudo da Torá, através das quais o Nome de D’us é engrandecido.
Porém, se analisarmos o versículo em profundidade, veremos que o tipo de louvor a que D’us se refere aqui é totalmente diverso e independe das ações do judeu.
“Este povo que formei para Mim” diz D’us. O povo judeu pertence a D’us; é só através dos judeus que Sua soberania sobre o Universo é estabelecida, pois um rei não pode governar se não houver súditos. Um judeu, por sua própria natureza, e não por seus atos, já é criado especial.
“Expressará Meu louvor.” prossegue D’us. A própria existência do povo judeu revela a glória de D’us. O fato de o povo judeu, “um cordeiro entre setenta lobos”, ainda florescer após milhares de anos é um testemunho da grandeza de D’us. Cada judeu é uma prova da existência de D’us e faz com que seu Nome seja louvado.
Isso é relevante, principalmente, em nossa geração, que veio após a terrível destruição de nossos irmãos no Holocausto. O fato de existirem judeus atualmente, perpetuando com orgulho nossa tradição sagrada e criando uma nova geração de judeus para continuar a impregnar de santidade o Universo é, por si, um milagre, sendo um testemunho da grandeza de D’us.
O imenso amor que D’us tem por cada judeu, independente de suas ações, demonstra quão importante é que nós amemos nossos irmãos judeus e sempre os julguemos de modo favorável, pois cada um de nós é um tesouro especial de D’us.
Likrat Shabat on line 5770 (20/03/10)
Uma publicação da Yeshivá Tomchei Tmimim Lubavitch
Ohel Menachem Mendel – S. Paulo

O conteúdo dessa página tem o copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido pelo nosso parceiro de conteúdo, Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.


Por Tzvi Freeman
Há um ensinamento radical do Baal Shem Tov que pode também ser o mais tradicional: ele acreditava num D'us que está aqui, agora.
Nas piruetas duma folha qualquer caída de alguma árvore solitária, no soprar de uma brisa súbita num dia de verão, em tudo que pode ser visto ou em todo som que pode ser ouvido, o Baal Shem Tov percebia o Infinito, o Insondável. “A Divindade é tudo,” costumava dizer, “e tudo é Divindade”.
Muitas mentes eruditas da época acharam a noção absurda. Que D'us cuidava dos atos justos daqueles que O temiam e faziam Sua vontade, isso eles entendiam. Que Ele podia ser encontrado na sinagoga e no salão de estudos, sim, isso era verdade. Mas por qual motivo um grande e poderoso D'us Se importaria com os detalhes mundanos da vida do erudito, mais ainda de uma pessoa simples, e o que dizer de uma folha caída na floresta? D'us sabe tudo, isso ninguém duvida. Ele cria todas as coisas e as sustém continuamente, isso também era aceito. Porém Ele deve fazer isso de longe, diziam, e assim também, Sua providência vem de longe. Pois Ele é o Ohr Ein Sof, a Luz Infinita, transcendente até nos reinos mais espirituais. Colocá-Lo dentro da criação em si, em toda atividade mundana, é igualá-Lo com a finitude de Sua criação.
E além disso, o Baal Shem Tov tinha os textos sagrados ao seu lado. Tal como os Salmos de David: “Ele cobre os céus com nuvens, prepara chuva para a terra, faz brotar a grama nas montanhas. Ele provê comida aos animais, aos corvos implumes aquilo que eles pedem.”1
Ou declarações claras do Talmud, como: “Rabi Yochanan, ao ver um pelicano, recitava o versículo: ‘Teus julgamentos estão acima das profundezas!’” (Pois preparaste o pelicano para cumprir Tua justiça sobre os peixes do mar, para matar aqueles que devem morrer.” – Rashi)2
Ou, tão explícito quanto possível, do Profeta Yeshayahu: “Diz D'us: Eu não preenchi os céus e a terra?”3
Na verdade, O Baal Shem Tov não estava denegrindo D'us, mas sim o contrário, estava elevando-O muito além de nossos antropomorfismos infantis. Nós seres humanos somos definidos por aquilo no qual nos investimos. Engajados em coisas pequenas, nos tornamos pequenos; em coisas maiores, ficamos grandes. Pensamos na matemática e nos tornamos matemáticos; dê-nos um jardim para cuidar, e agora somos jardineiros.
Mas Ele que é infinito, no sentido mais absoluto, é capaz de transcender todos limites, incluindo os da própria transcendência. Ele pode ser encontrado nos movimentos mínimos do vento que move a grama, no grito faminto do corvo, no tamborilar frenético da chuva caindo sobre o telhado, mesmo na livre escolha dos seres humanos, e ainda assim permanecer inteiramente transcendente e indefinido por qualquer deles, o infinito pulsando dentro de um mundo finito. "Ele domina tudo", diz o Zohar, "mas nada tem domínio sobre Ele." O Baal Shem Tov elaboraria desta forma: "Ele abrange a natureza de cada coisa, embora nada O abranja nem O defina."
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NOTAS
1. Salmos 147:7-9
2. Chulin 63 a
3. Yeshayahu 23:24





Por Tzvi Freeman
Rabino Tzvi Freeman, editor sênior de Chabad.org, também lidera nossa equipe Pergunte ao Rabino. É autor de Trazendo o Céu para a Terra. Para inscrever-se e receber atualizações regulares sobre os artigos de Rabino Freeman, visite os Freeman Files.

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Vayicrá: Um Chamado de Amor
Adaptado de um discurso do Rebe de Lubavitch, Sêfer Hitvaaduyot 5750, Vol. 2.


O Livro de Vayicrá descreve em detalhes as leis das oferendas que eram levadas ao Mishkan (Santuário) e ao Templo Sagrado. Inicia-se com as palavras: “E Ele chamou Moshê.”
Rashi, o grande comentarista da Torá, explica que D’us chamou Moshê com um amor especial e único. A filosofia chassídica explica mais sobre o significado do fato de o nome de D’us não ser mencionado de forma direta. Esse grande amor, explica, é proveniente de um atributo Divino que é tão elevado, que existe além das limitações impostas por um nome. É como se a própria Essência de D’us estivesse chamando Moshê.
A chassidut também ensina que cada judeu tem uma centelha da alma de Moshê dentro de sua própria alma. Portanto, o chamado de D’us para Moshê com um amor especial é um chamado para cada judeu, não importa quem seja. As instruções que vieram em seguida, os detalhes dos corbanot - sacrifícios (que no hebraico tem o radical que significa “aproximar”) são as instruções através das quais podemos nos aproximar de D’us, e dizem respeito a todo e qualquer judeu, em todo e qualquer tempo e espaço.
Este conceito também se reflete na Haftará desta semana (do livro de Yeshayáhu). “Este povo que formei para Mim expressará Meu louvor.” A primeira parte do versículo parece mostrar o grande amor de D’us pelo povo judeu. A segunda parte, porém, parece referir-se a suas preces, boas ações e estudo da Torá, através das quais o Nome de D’us é engrandecido.
Porém, se analisarmos o versículo em profundidade, veremos que o tipo de louvor a que D’us se refere aqui é totalmente diverso e independe das ações do judeu.
“Este povo que formei para Mim” diz D’us. O povo judeu pertence a D’us; é só através dos judeus que Sua soberania sobre o Universo é estabelecida, pois um rei não pode governar se não houver súditos. Um judeu, por sua própria natureza, e não por seus atos, já é criado especial.
“Expressará Meu louvor.” prossegue D’us. A própria existência do povo judeu revela a glória de D’us. O fato de o povo judeu, “um cordeiro entre setenta lobos”, ainda florescer após milhares de anos é um testemunho da grandeza de D’us. Cada judeu é uma prova da existência de D’us e faz com que seu Nome seja louvado.
Isso é relevante, principalmente, em nossa geração, que veio após a terrível destruição de nossos irmãos no Holocausto. O fato de existirem judeus atualmente, perpetuando com orgulho nossa tradição sagrada e criando uma nova geração de judeus para continuar a impregnar de santidade o Universo é, por si, um milagre, sendo um testemunho da grandeza de D’us.
O imenso amor que D’us tem por cada judeu, independente de suas ações, demonstra quão importante é que nós amemos nossos irmãos judeus e sempre os julguemos de modo favorável, pois cada um de nós é um tesouro especial de D’us.
Likrat Shabat on line 5770 (20/03/10)
Uma publicação da Yeshivá Tomchei Tmimim Lubavitch
Ohel Menachem Mendel – S. Paulo



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